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Confesso que me rendi

O primeiro livro que li em um aparelho eletrônico? Não faço a mínima ideia, porque eu tinha a sensação de que não deveria ler em formato digital nenhuma obra potencialmente relevante – na época, o que eu usava para ler era meu primeiro smartphone (Nokia E62). Quando troquei para o Nokia E71, com sua tela bem menor, descartei toda a possibilidade de carregar livros nele.

Eis que, com  um iPad na mão, decidi pegar o aplicativo do Kindle (E confesso que deixei o iBooks de lado porque achei-o simplesmente feio – uma prateleira de “madeira”? Mas é para ser moderno ou nostálgico?). Comecei com o mesmo pensamento de quando comecei a ler no meu celular: vou comprar somente livros mais leves e baratinhos.

Mas confesso que agora o meu Kindle para iPad está repleto de livros – incluindo 1Q84, de Haruki Murakami. Pior: outro dia, com um livro impresso na mão, senti falta daquela praticidade de colocar o dedo sobre a palavra e ter a definição dela logo ali, à disposição.

Entretanto, nem é isso que mais me agrada: agora não pago o frete dos livros que comprava na Amazon e eles estão prontos para serem lidos em segundos. O perigo é o “Compre com um clique” da Amazon, que está abarrotando o meu iPad de livros…

Se parei de comprar livros impressos? Não. Inclusive, hoje chegou um novo aqui. É uma relação diferente com a obra, mas o conteúdo, em sua essência, é o mesmo: e as obras contam pelo seu conteúdo.

Se é bom, não sei. Conto depois 😉

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